A cirurgia geral e a gastroenterologia são especialidades complexas cujas patologias requerem tratamentos invasivos nos quais um elevado número do que é conhecido como "cirurgias sujas" ocorre. Por conseguinte, não é estranho que resultados indesejáveis sejam produzidos tanto na intervenção cirúrgica como no acompanhamento pós-operatório.
Estas especialidades incluem não só a cirurgia do sistema digestivo e da parede abdominal, mas também a cirurgia mamária e proctológica, duas das áreas anatómicas mais complexas e que requerem mais cuidados na abordagem cirúrgica.
Os cirurgiões gerais tratam uma vasta gama de patologias: desde a simples apendicite, a processos complexos associados a patologias crónicas e auto-imunes (doença de Crohn...) ou processos tumorais.
O âmbito da responsabilidade dos cirurgiões não se limita apenas à sala de operações, mas estende-se tanto às indicações dos tratamentos (geralmente cirúrgicos) como ao controlo imediatamente após a cirurgia (recobro). As consequências indesejáveis de um acontecimento adverso em cirurgia implicam problemas muito graves para os pacientes na sua vida diária e podem condicionar, para sempre, a sua qualidade de vida ou mesmo a sua morte.
A lesão mais comum que poderá ocorrer numa cirurgia é a perfuração. Apesar do tempo decorrido desde a introdução da técnica laparoscópica em Portugal e da simplificação dos procedimentos cirúrgicos, o número de perfurações continua, hoje em dia, elevado. Do mesmo modo, as condições infeciosas após a cirurgia, com consequências potencialmente letais, são ainda uma ocorrência comum nos Serviços de Cirurgia dos hospitais espanhóis.
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